É possível saborear refeições refinadas e mais baratas em restaurantes caros. Há ofertas atraentes em São Paulo e outras cidades

Marcela Besson e Viviane Zandonadi, iG São Paulo | 03/02/2010 12:56

Foto: Flavio Moraes/Foto Arena

Pennette com ragu de linguiça e cogumelos: destaque no menu executivo do Gero

Confira a reportagem completa

Há pouco mais de um mês, o restaurante italiano Gero, em São Paulo, estreou seu cardápio executivo. Composto de couvert, entrada, prato e sobremesa, custa 78 reais - mais ou menos a metade do que se gastaria com a mesma refeição, pedida à la carte. O anúncio do Gero, disputadíssima casa do grupo Fasano, confirma: o menu executivo está instalado na rotina de boa parte dos restaurantes mais seletos e refinados da capital paulista. Atrai um público que em geral se importa com o que come e sabe que optar por uma alternativa mais barata é uma escolha inteligente, seja para uma refeição entre amigos, solitária ou para um almoço de trabalho.
Entrada, prato principal e sobremesa por um preço fechado. A oferta de combinados de almoço, sempre mais em conta do que o serviço à la carte, existe em quase todas as grandes capitais do mundo. Em Roma, lousas na calçada exibem o chamado piatto del giorno ou giorno menu, em Paris, plat du jour ou dejeuner formule. E por aí vai. No Brasil, a capital nacional dos chamados almoços executivos é São Paulo. Faz sentido, por causa da grande quantidade de restaurantes e pela vocação urbana, de trabalho, de turismo de negócios.

Foto: Divulgação Ampliar

Robalo crocante, do Eau French Grill: casa aboliu o menu à la carte no almoço

No Eau French Grill, por exemplo, comandado pelo chef francês Laurent Hervé, o serviço à la carte foi abolido do almoço. Nesse horário, a função é 100% dedicada ao menu executivo, onde todos os dias há pelo menos cinco opções de pratos que refletem as características da cozinha do chef, caso da terrine de pato com pimenta verde e do robalo crocante com legumes. Servido em três etapas (entrada, principal e sobremesa), custa 68 reais. Para ter uma idéia, a média de gasto no jantar no mesmo endereço é de 125 reais por pessoa. Quase o dobro. Mas, atenção: em geral, água, sucos, bebidas alcoólicas, café e serviço não fazem parte do pacote. Pedidos à parte e sem moderação elevarão proporcionalmente a conta final.
Para compor melhor a imagem da nova geração de cardápios executivos, a primeira recomendação é afastar definitivamente a ideia de prato feito, comidinha trivial e sem personalidade. Não estamos falando de arroz, feijão, filé e fritas. O tipo de refeição destacada nesta reportagem tem sabor de alta gastronomia e assinatura de chef. É para ser saboreada com calma, de modo que se compreenda cada etapa. Tudo isso sem deixar de ser prática.
Na seleção feita pelo iG Comida, os pratos sugeridos incluem ingredientes especiais, como pato, cordeiro, bacalhau e frutos do mar, e não se esquivam de imprimir o acento da cozinha em que estão inseridos. As opções representam boa parte dos pedidos no horário do almoço – de 50% até 80%, caso do Brasil a Gosto, na região dos Jardins.

Em outras capitais

Além de São Paulo, a reportagem fez um levantamento paralelo em outras oito capitais. O almoço do tipo executivo existe, mas é menos frequente. Dos noventa restaurantes consultados de norte a sul, todos considerados referências regionais em suas especialidades, apenas quinze oferecem serviço semelhante, ou com algumas adaptações. A proporção mostra que no restante do país a oferta ainda não está tão madura. Além disso, em lugares de grande potencial turístico como Recife e Fortaleza, as promoções costumam ser suprimidas na alta temporada, quando o movimento é maior e teoricamente o negócio não precisa de atrativos adicionais.

Postado por Unknown domingo, 7 de fevereiro de 2010 0 comentários

salada broto de feijão

 

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Ingredientes:

1 xícara (chá) de broto de feijão (moyashi)
Água fervente, o suficiente
1 xícara (chá) de soja cozida
1 xícara (chá) de tomate sem pele e sem sementes picados
½ xícara (chá) de cebola picada
½ xícara (chá) de salsinha picada
½ xícara (chá) de cebolinha picada
Sal a gosto
1 colher (chá) de pimenta-do-reino
2 colheres (sopa) de azeite de oliva
1 dente de alho amassado

Modo de Preparo:

Coloque os brotos de feijão em uma tigela e escalde com água fervente. Escorra a água e coloque-os em uma saladeira. Acrescente a soja, o tomate, a cebola, a salsinha, a cebolinha, o sal, a pimenta-do-reino e misture. Reserve. Em uma frigideira, refogue o alho no azeite, deixe-o esfriar e acrescente na salada.

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nhoque 

Fonte: iG São Paulo

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Ingredientes:

Nhoque
1kg de batatas cozidas e espremidas
2 ½ xícaras (chá) de farinha de trigo
2 gemas
1 colher (sopa) de margarina
Sal a gosto
Água, o suficiente para cozinhar os nhoques

Recheio
1 xícara (chá) de requeijão cremoso

Molho
4 colheres (sopa) de azeite de oliva
½ xícara (chá) de cebola picada
2 dentes de alho picados
1 xícara (chá) de molho de tomate
1 xícara (chá) de água
1 colher (sopa) de orégano
Sal e pimenta-do-reino a gosto
Queijo tipo parmesão ralado a gosto para polvilhar

Modo de Preparo:

Refogue o alho e a cebola do molho com o azeite. Acrescente o molho de tomate, a água e os temperos e deixe cozinhar por aproximadamente 10 minutos em fogo médio. Reserve.

Coloque as batatas cozidas e espremidas previamente sobre uma superfície lisa e polvilhada com farinha de trigo. Adicione as gemas, a margarina e o sal. Misture tudo com as mãos, acrescentando a farinha de trigo aos poucos.

Quando a massa estiver uniforme, estique em pequenos rolos e corte em pedaços médios.

Faça uma cavidade em cada um e coloque um pouco de requeijão dentro, fechando-os e pressionando levemente sobre um garfo. Cozinhe em uma panela com água e sal até levantar fervura. Disponha os nhoques sobre um refratário e cubra com o molho de tomate. Polvilhe queijo parmesão por cima e sirva.

Postado por Unknown sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010 0 comentários

Dedo de Deus/Foto de Bruno Agostini

TERESÓPOLIS - São cerca de 68 quilômetros, mil metros de altitude e uma hora de percurso calmo, observando a paisagem das montanhas. Mas é melhor não ter pressa. Porque muitas das delícias de Teresópolis e Nova Friburgo estão no caminho entre elas, o chamado Circuito Terê-Fri, que percorre a RJ-130. A começar pelo cenário. A estrada que liga as duas cidades serranas percorre um extenso vale marcado por montanhas de cocuruto rochoso famosas por gerar formações curiosas, como o Dedo de Deus, a Mulher de Pedra e o Cão Sentado, símbolos desse passeio.

Também há muito verde nas encostas. Criado há cerca de seis anos, o Parque Estadual dos Três Picos preserva a floresta rica e é um playground para montanhistas de todas as classes, dos alpinistas radicais aos andarilhos da Mata Atlântica. Outro tom de verde, normalmente mais claro, vem das margens da rodovia: são as plantações de alface, salsinha, rúcula e outras folhagens do gênero, porque esta região é a maior produtora de verduras do Estado do Rio de Janeiro - mais de 70% das folhas consumidas vem de lá. Neste universo rural também há queijos de cabra, trutas fresquinhas, galinhas caipiras, javalis assados, linguiças servidas com couve da horta...

Queijos de cabra produzidos pela Fazenda Genève abastecem a cozinha de Rolland Villard no Le Pré Catelan

O Circuito Terê- Fri este ano completa uma década, e é bastante flexível: é indicado para casais ou famílias, no inverno ou verão. Dá até para cumprir o roteiro em um fim de semana, principalmente os prolongados por feriados. Mas, para curtir todas as boas paradas pelo caminho com a calma devida, o ideal é programar pelo menos sete dias para a jornada montanhesa.

- Para 2010, estamos com novidades. Além de recebermos novos integrantes, fizemos uma parceria com o DER para sinalizar a estrada, que vai receber placas específicas do circuito, incluindo a sinalização internacional turística - diz Roseméri Pires, da Cremerie Genéve, presidente da associação do Circuito Terê-Fri.

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Além da beleza da estrada, o clima ameno desta época do ano (bota aí uns 10 graus a menos que no Rio, no barato) também ajuda a tornar a viagem entre as duas cidades serranas ainda mais gostosa. É possível iniciar o passeio por Nova Friburgo, mas o caminho a partir de Teresópolis parece mais adequado aos que saem do Rio. Qualquer roteiro em direção a Terê, especialmente os gastronômicos, deve começar no balcão da Casa do Alemão (no km 13 da Rodovia Washington Luís), mastigando uns croquetes e sanduíches de linguiça, salsichão ou lombinho defumado - quem estiver com mais fome ainda pode pedir um kassler com salada de batatas, por exemplo. Para encerrar, umas tortas e biscoitinhos amanteigados.

Chegando ao topo da serra, pegando à esquerda, no Soberbo, está Teresópolis. Seguindo a estrada, à direita, depois de rodar mais cerca de 15 quilômetros, chegamos ao começo da RJ-130, ou Teresópolis-Friburgo, como é mais conhecida. É bom zerar o hodômetro logo na entrada da rodovia, o km 0 do Circuito Terê-Fri - até Nova Friburgo serão mais 68 quilômetros.

Leia mais: restaurantes russo e português na lista de bons endereços gastronômicos de Teresópolis

E por que a pressa, se o caminho é tão gostoso? O melhor a se fazer é avançar aos poucos, degustando todas as delícias que acompanham o traçado do asfalto, investigando as estradas de terra secundárias, as fazendas, os sítios, os restaurantes, as lojas e os hotéis do percurso.

Está com fome? No Vale Feliz, logo na altura do quilômetro 4, está um posto de gasolina. Mas nada de loja de conveniências. O pit stop ali é para saborear receitas italianas na Birosca Romana di Sandro, um restaurante simples, mas de comida bastante saborosa e bem feita. O cardápio conquistou muitos apreciadores, como a própria presidente do Circuito Terê-Fri, do qual a "birosca" não faz parte.

- Sou cliente assídua. O Sandro prepara ótimas massas, vou sempre. - diz Roseméri Pires.

A casa, que só abre de quinta a domingo, é especializada em massas, pizzas e carnes - como ossobuco, rabada, carneiro, coelho e perdiz.

- O nhoque e o carneiro são os pratos mais pedidos, as sim como as nossas massas frescas, que são feitas aqui - diz Sandro Masella, um romano radicado no Brasil há 18 anos, que há 13 abriu o restaurante.

Capril da Gèneve/Foto de Bruno AgostiniNa altura de Vargem Grande, no quilômetro 12, vale fazer um sutil desvio de rota (apenas 2,5 quilômetros) para conhecer o Cantinho da Valéria Fernandes, um misto de loja e restaurante que merece uma visita. Ao lado do hotel Le Canton, o lugar vende exatos 304 tipos de conserva, de doce de leite e frutas em calda a geléias, compotas, doces e itens salgados, como caponata, picles e pastas (a de berinjela é das mais vendidas).

- Eu mesma faço todos os produtos. Uma das conservas mais famosas é o doce de leite com maracujá, que é cultivado por mim - diz Valéria Fernandes, que também fez fama com seus pastéis (são nada menos que 48 recheios diferentes, alguns bem inusitados, como avestruz, javali e coelho - aliás, o bichinho é outra das especialidades do restaurante, que também abre para o café da manhã).

A próxima parada indispensável está logo adiante, no km 16, onde está a Fazenda Genève, um programaço. Os queijos de cabra produzidos estão entre os melhores do país, e levam o aval dos principais chefs franceses.

- Eles fazem queijos ótimos, muito melhores que os franceses similares que nos chegam aqui. São muito cuidadosos em todo o processo. A linha é bem ampla, com variedades de diversas regiões da França. Eu adoro - conta Rolland Villard; que não apenas serve os produtos de lá no seu restaurante, o Le Pré Catelan, um dos mais estrelados do Brasil, no Sofitel, em Copa cabana, como também gosta de subir a serra com a família para visitar a fazenda.

Além do capril, aberto a visitas (R$ 2 nos fins de semana e R$ 5 de segunda-feira a quinta-feira) e da lojinha que vende os queijos, no lugar também funciona um dos melhores restaurantes de Teresópolis, que serve prato de inspiração francófila, como o pato com cassis, um clássico da casa, e o cabrito assado com vagem, além de muitas receitas com os queijos feitos ali (o chef Reinaldo Pires está preparando um livro de receitas só com pratos feitos com eles). Nas tardes quentes do verão, prefira uma mesa externa no deque de madeira, com agradável vista do verde das montanhas e, nas noites frias de inverno, a pedida é o salão aconchegante, com lareira.

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Crianças apreciam a visita, não só por poderem ver e alimentar as cabrinhas, mas também por causa do parquinho infantil e da Casa do Beija-Flor, um jardim com plantas que atraem esta ave.

- Às vezes, há mais de 30 deles juntos ali. Agora esta mos finalizando o borboletário - adianta Roseméri.

Linguiça do Padre/Foto de Bruno AgostiniNo km 33, a Linguiça do Padre se diz uma churrascaria. Pura modéstia: o lugar é bem mais que isso. Além de servir carnes na brasa e receitas no fogão a lenha, também fabrica embutidos e defumados (como a linguiça que lhe batiza), além de doces, licores e geléias. O lugar também é um sítio, um dos pioneiros no cul tivo hidropônico no Brasil. Das estufas saem morangos, alface e tomate. Também pode se encontrar ali plantas ornamentais, árvores frutíferas e flores.

Dali a próxima parada já é em terras friburguenses: o Horto Conquista, no km 44, logo após a entrada para a localidade de Salinas, paraíso para montanhistas. Além de plantas de todo o tipo, uma das atrações do lugar são os almoços de sábado e domingo, quando são servidos pratos japoneses ou árabes (esses, apenas em um fim de semana por mês).

Um pouco à frente, o restaurante Vista Soberba - que também é pousada - faz jus ao nome. Mas não só o belo panorama da serra é a razão da parada ali. Valorizando os produtos agrícolas locais, o lugar serve um cardápio variado, com 15 pratos apresentados em um bufê (à noite serve apenas os hóspedes ou grupos de no mínimo 15 pessoas).

A seguir, em sequência, três outros endereços essenciais neste roteiro gourmet-familiar: a Queijaria Suíça de Nova Friburgo (no km 49), o Apiário Amigos da Terra (no km 51) e o LUGChilla Chinchillas (no km 55). São, respectivamente, uma fábrica e escola de queijos (que inaugurou recentemente um museu de taxidermia, ou seja, de animais empalhados, com mais de 200 bichos); um sítio produtor de mel e outros derivados das abelhas; e uma criação de chinchilas, aquele simpático roedor cinzento. Dá para gastar uma tarde inteira visitando as propriedades.

Mais 13 quilômetros, e já estamos em Nova Friburgo. No final deste roteiro sugerido, descendo a serra de Friburgo, a Região dos Lagos está logo ali, e Búzios pode ser o contraponto perfeito para fe char a viagem. Mas isso é assunto para outra reportagem...

SERVIÇO

Restaurantes

La Birosca Romana di Sandro: Estrada Teresópolis-Friburgo km 3,8. Tel. 2644-8484.

Cantinho da Valéria Fernandes: Estrada Diógenes Pereira da Costa 2551. Tel. 3643-6285. www.cantinhovaleriafernandes.com.br

Fazenda Genève: Estrada Teresópolis-Friburgo km 16. Tel. 3643-6391. www.fazendageneve.com.br

Linguiça do Padre: Estrada Teresópolis-Friburgo km 33. Tel. 2641-0065.

Horto Conquista: Estrada Teresópolis-Friburgo km 44. Tel. 2529-4010.

Vista Soberba: Estrada Teresópolis-Friburgo km 46. Tel. (22) 2529-4053. www.vistasoberba.com.br

Queijaria Suíça: Estrada Teresópolis-Friburgo km 49. Tel. (22) 2529-4000. www.queijosfrialp.com.br

Compras

Loja do Porquinho: Cerâmicas. Estrada Teresópolis-Friburgo, km 50, Centro Comercial Queijaria Suíça. Tel. (22) 2542-3421. http://lojado porquinho.blogspot.com/

Ubon, Suavitrat e Reserva-Fólio: Cosméticos. Estrada Teresópolis-Friburgo km 61, Córrego D'antas. Tel. (22) 2521-7302. www.ubon.com.br , www.suavitrat.com.br e www.reservafolio.com.br

Open Market Bazar: Decoração. Estrada Teresópolis-Friburgo Km 9. Tel. 2644-6622. www.openfarm.com.br

Apiário Amigos da Terra: Mel. Estrada Teresópolis-Friburgo Km 51, Avenida Antônio Mário de Azevedo, 17.200. Tel. (22) 2529- 4182. www.amigosdaterra.com.br.

Passeio

LUGChilla: Criação de Chinchillas em Nova Friburgo. Estrada Teresópolis-Friburgo km 55, Campo do Coelho. Tel. (22) 2543-1348.

Mais informações:www.circuitoterefri.com.br

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Tradição, condições climáticas e aspectos culturais transformam bebidas em referências geográficas.

No mapa da cultura etílica, é impossível separar México de tequila, Brasil de cachaça e França de champanhe ou conhaque. Em comum na trajetória dessas bebidas estão um certo orgulho nacionalista e técnicas de produção aprimoradas ao longo de muitos anos - às vezes, séculos.

Veja as receitas:

Protegidas por legislações e acordos comerciais, essas bebidas "de origem" têm o nome associado a uma área geográfica específica. Exemplo: só pode ser chamado de champanhe o vinho espumante fabricado na região de Champanhe, na França. Os demais espumantes do mundo, mesmo os obtidos por método champenoise, não. A Espanha tem seu espumante típico, é a cava. A Itália tem o prosecco. Outros produtos, mesmo sem resguardo legal, são tão tradicionais em um ou outro país que é impossível não ligar a bebida ao lugar, caso do saquê japonês e do uísque escocês. “A tradição, as condições climáticas e a cultura de determinadas localidades ajudam a compor as características especiais de cada bebida”, diz Hugo Baungartner, professor do curso de sommelier do Centro Universitário Senac, em São Paulo.

Confira características e curiosidades de dez dessas bebidas – e aprenda a preparar coquetéis com algumas delas.

Foto: Flickr/ Ludmila Tavares Ampliar

Cachaça é denominação típica e exclusiva da aguardente de cana-de-açúcar produzida no Brasil

Cachaça (Brasil)
A água-que-passarinho-não-bebe é um destilado genuinamente brasileiro. Os primeiros registros do suor-de-alambique são do tempo da colonização portuguesa. Sua definição é regulada pelo governo: cachaça é denominação típica e exclusiva da aguardente de cana-de-açúcar produzida no Brasil, com graduação alcoólica de 38 a 48% em volume, a 20ºC. As caninhas que passam por um período de envelhecimento em barris de madeira (carvalho e umburama, entre outras) ficam amarelas e com um perfume intenso. Qual a marvada ideal para preparar a caipirinha? Fique com a voz do povo: as claras sempre puras, as escuras para as misturas.


Cerveja Lambic

Poucas cervejas são tão surpreendentes quanto as Lambic. Elas são fabricadas quase que exclusivamente em cervejarias instaladas no entorno da cidade belga de Bruxelas. Seu diferencial está na fermentação espontânea: após o processo de brassagem (mistura do malte e da água, sob ação de calor) e fervura, o liquido é transferido para uma enorme bacia de cobre para que receba a ação de leveduras selvagens, soltas no ambiente. Assim como os champanhes, suas garrafas recebem rolhas de cortiça e são transferidas para adegas onde aguardam a segunda fermentação. As variedades Kriek e Framboise levam, respectivamente, cerejas e framboesas em sua composição.

Foto: Getty Images

As uvas clássicas da composição do champanhe são a chardonnay, a pinot noir e a pinot meunier

Champanhe (França)
Apenas os vinhos espumantes da região de Champagne, na França, podem trazer esse nome no rótulo. Localizada a nordeste de Paris, seus limites foram definidos em 1927 e compreendem 33.500 hectares. Ali, foram aprimoradas as técnicas que garantem a suavidade borbulhante da bebida. As uvas clássicas de sua composição são a chardonnay, a pinot noir e a pinot meunier. Seu longo processo de fabricação requer carinhos especiais. Em uma das etapas, conhecida por remouage, as garrafas são colocadas inclinadas, de cabeça para baixo, e giradas regularmente para que a levedura resultante da segunda fermentação se acumule no gargalo e possa ser retirada.

Foto: Getty Images

A bebida resulta de duas destilações sucessivas de um vinho branco, fraco e de alta acidez

Conhaque (França)
Esqueça as variedades nacionais baratas: conhaque de verdade apenas os produzidos em Cognac, apelação de origem controlada no sudoeste da França estabelecida em 1936. Fabricada há mais de 300 anos, a bebida é resultado de duas destilações sucessivas de um vinho branco, fraco e de alta acidez. Quando colocada em barris de carvalho da floresta de Limousin, seu teor alcoólico é de aproximadamente 70%. O líquido envelhece por pelo menos dois anos e, antes de chegar a seus apreciadores, é diluído com água destilada até alcançar 40%. Sua elegância pode ser representada pela forma de degustá-lo. O cálice ideal é de cristal e bojudo, num tamanho que permite o contato da palma da mão, o que possibilita um leve aquecimento. Sua boca mais estreita ajuda a destacar seus intensos aromas.

Foto: Flickr/ Jennifer Yin Ampliar

Típico destilado da região andina tem festa nacional todo quarto domingo de julho

Pisco (Peru)
Não convide um peruano e um chileno para tomar, juntos, uma dose desse típico destilado da região andina feito a partir do mosto resultante da primeira prensa de uvas. O Peru faz uma campanha diplomática internacional para que apenas as variedades fabricadas em cinco departamentos de seu território tenham em seu rótulo a denominação pisco. Tal exclusividade é contestada pelo Chile. A história conta que a aguardente começou a ser preparada no século XVI e era embarcada para outras áreas da América espanhola pelo porto de Pisco, localidade a cerca de 230 quilômetros ao sul de Lima. Foi longe: hoje pode ser degustada em taças austríacas de cristal desenhadas especialmente para valorizar seus aromas e sabores. Está explicado por que é o orgulho do país, com direito a uma grande festa nacional todo quarto domingo de julho.

Foto: Getty Images

Desde o século III, os japoneses fermentam o arroz para produzir saquê

Saquê (Japão)
A milenar tradição do nihomshu (como o saquê é chamado no Japão) o relaciona intimamente à cultura nipônica, sem a necessidade de leis que regulem sua procedência. Os japoneses fermentam o arroz para produzir uma bebida alcoólica desde o século III. A pureza da água, o percentual de polimento dos grãos de arroz e a baixa na temperatura na fermentação são fatores fundamentais para se obter uma variedade de boa qualidade. A sabedoria oriental enumera suas qualidades: estimula o apetite, liberta do estresse, restabelece a autoconfiança, faz companhia na solidão, abre o espírito, neutraliza toxinas, reforça a ação de medicamentos, refresca no verão e aquece no inverno.

Foto: Getty Images Ampliar

A bebida nacional mexicana é feita com um vegetal pouco conhecido no Brasil: o agave azul

Tequila (México)
Sua história está ligada ao encontro de duas culturas. Os espanhóis tiveram a ideia de destilar um fermentado consumido em rituais religiosos por maias e astecas. O resultado foi um sucesso – e pode ser conferido em um shot com limão e um copo com a borda salgada. Uma autêntica tequila precisa ter pelo menos 51% de açúcar proveniente do cozimento da parte central da planta e ser fabricada por algum desses cinco estados mexicanos: Jalisco (o mais representativo), Guanajuato, Michoacán, Tamaulipas e Nayarit. A mais especial é a Extra Añejo, que precisa envelhecer três anos em barris de carvalho antes de ser comercializada.

Foto: Getty Images

O vinho é feito a mais de 100 quilômetros da cidade do Porto, ponto de partida de exportação

Vinho do Porto
Apesar do nome, o vinho fortificado é feito a mais de 100 quilômetros da cidade do Porto, que ganhou a fama por ser o ponto de partida de exportação da bebida. Suas uvas são colhidas no Douro, a primeira grande região vinícola delimitada, em 1756. O que o diferencia dos demais vinhos é a adição de aguardente vinífica incolor e neutra em até quatro dias após o processo de fermentação do mosto. A proporção é de quatro litros de vinho para um de aguardente. Sua variação mais encantadora é o Porto Vintage: produzido a partir de uvas de um único ano e engarrafado dois a três anos após a vindima, evolui gradualmente, passando de uma coloração de rubi intenso quando jovem até um tom âmbar quando alcança a maturidade, após 50 anos na garrafa.

Foto: Getty Images

O vinho fortificado é produzido na região de dominação de origem Marco de Jerez, na Espanha

Xerez (Espanha)
Esse vinho fortificado produzido na região de dominação de origem Marco de Jerez, na Espanha, possui técnicas de fabricação peculiares. Diferente do vinho do Porto, a aguardente vinífica é adicionada após um vinho pronto, com 11 a 12% de álcool. A quantidade de destilado varia de acordo com o tipo de xerez que se deseja conseguir. Para fazer o mais comum deles, o Fino (um branco seco, para ser provado gelado), aumenta-se o teor alcoólico para 15,5% antes de colocá-lo em uma barrica para envelhecer por, no mínimo, três anos.

Foto: Getty Images

O nome da bebida vem do termo gaélico uisge beatha, que romanticamente significa água da vida

Uísque (Escócia)
O uísque faz parte da cultura da Escócia desde o século XV. Seu nome vem do termo gaélico uisge beatha, que romanticamente significa água da vida. Uma lei britânica estabelece os critérios de um legítimo scotch: entre elas, a bebida precisa ser produzida em destilarias escocesas, com água e malte de cevada como ingredientes principais, fermentada apenas com levedura e ter uma gradação alcoólica de, no mínimo, 40%. O envelhecimento é considerado a parte mais importante da bebida. A cor, a suavidade e o buquê são adquiridos com a maturação em barris de carvalho. Copo alto ou baixo vai do gosto do freguês. Cubos de gelo e club soda apenas para a versão blended (mistura de dezenas de variedades de malte uísque e uísque de grão). O single malte (feito com malte de apenas uma destilaria), deve ser consumido puro.

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coisas geladas Em qualquer canto do país, refrescar a garganta no verão é uma questão de sobrevivência. Como é inútil lutar contra o termômetro, o jeito é remediar liquidando a sede. A água, pura e simples, sempre vai bem. Mas há outras boas opções saídas dos freezers dos bares e das barracas de água de coco espalhadas pelas praias. Também os picolés, singelos em sua fórmula, não ficam atrás no gosto popular.
Para a lista ficar ainda mais gelada, some outras duas sugestões: milk-shake e smoothie. Ambas podem ser preparadas no liquidificador. E nem precisa ser um modelo top de linha para obter bons resultados. A chef Carole Crema, expert nesse tipo de batido, explica que as lanchonetes e sorveterias usam máquinas específicas, que batem e gelam simultaneamente o líquido. No entanto, para o preparo caseiro, o bom e velho liquidificador não faz feio. É provável que as texturas não saiam perfeitas, fiquem menos cremosas do que deveriam, mas não há prejuízos no sabor, diz Carole.
De ingredientes e preparo igualmente fáceis, esses batidos guardam algumas diferenças importantes. Vamos a elas.
Milk-shake: sorvete + leite
Ok, não há muito segredo nessa mistura. A fórmula quase elementar de sorvete batido com leite faz sucesso com ou sem calda para decorar. Sua consistência é densa e cremosa por causa do sorvete, geralmente feito à base de muita gordura. É, portanto, uma bebida calórica e substanciosa. Mas nem sempre foi assim. No século XIV, quando os chineses já faziam sorvetes de vários sabores, adicionavam neve, leite e suco de frutas. Depois disso, o explorador Marco Polo levou a ideia para a Itália e, dali, o sorvete tal qual conhecemos hoje seguiu viagem para o resto do mundo.
Smoothie: frutas + frozen yogurt ou sorbet
A bebida nasceu nos Estados Unidos nos anos 70 e, no início, consistia de suco de uma fruta batido com outras frutas frescas. Na década de 1990, transformou-se numa bebida mais encorpada, feita com frutas congeladas, frozen yogurt (sorvete de iogurte) ou sorbet (sorvete à base de água).

Postado por Unknown quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010 0 comentários

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